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Dez 08
publicado por André Pereira, às 18:49
editado por Fábio Matos Cruz às 21:10link do post | comentar

Entende-se por recessão técnica o recuo da economia durante dois trimestres consecutivos. Ora em Portugal tivemos um recuo de 0,1 por cento face aos 3 meses anteriores, mas um crescimento de 0,6 por cento em termos homólogos. É preciso que se esclareça. Vamos a factos. A recessão atingiu países como: Espanha, França, Itália e, imagine-se, a Alemanha. Obviamente que não podemos esperar que Portugal  tenha um desempenho excelente em termos económicos. Nunca o tivemos nos últimos anos, seria em tempos de crise que Portugal o obteria? A oposição faz barulho, levanta a voz e diz que este governo vai ficar na história como o que " levou Portugal à recessão". Esclarecimento: Portugal ainda não está em recessão. Quais vozes da sabedoria, a oposição fazendo futurismo, antecipa o cenário da crise.

 

Em tempos difíceis como o que atravessamos é preciso alguém ter um pouco de optimismo que seja. "Não há dinheiro para nada", célebre frase de Manuela Ferreira Leite, não é seguramente o optimismo que Portugal precisa. Repare-se que a crise pode criar um ciclo vicioso, que quanto menor for o optimismo das pessoas, maior será a dimensão da crise. O discurso negativo e vitimista é sempre mais fácil e tende a atingir os objectivos mais rapidamente, mas ficará na história para ser julgado pelos portugueses. Mais do que nunca os partidos deviam ter um forte sentido ético, meter partidarites no bolso e lutarem pelo que chamam " serviço público". Estamos a falar de coisas muito sérias. Era bom que os partidos da oposição percebessem isso. Já não era mau.

 


Não se trata de pessimismo ou desespero. Trata-se apenas de (saber) dosear realismo com optimismo. É o mínimo que se exige.
Fábio Matos Cruz a 13 de Dezembro de 2008 às 14:57

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