Longe vão os tempos em que as mulheres eram simples donas de casa, ou empregadas de escritórios, remetendo-se assim a um ostracismo muitas vezes incompreensível para as defensoras dos direitos das mulheres, que sempre entenderam que a mulher pode estar a um nível igual ou superior a muitos homens, isto em vários aspectos.
As capacidades que hoje as mulheres têm estão cada vez mais provadas. Digo isto porque vejo cada vez mais mulheres a ocupar importantes cargos políticos, cargos estes que muitos consideram que deveriam ser ocupados por homens. Particularmente, penso que as mulheres têm as qualidades e as habilitações necessárias para exercer qualquer tipo de cargo na política.
Liderança, capacidade de decisão, inflexibilidade, firmeza, atitude, carácter e honestidade. Estas são apenas algumas das qualidades que qualquer mulher minimamente preparada tem que ter para exercer um cargo importante. A qualidade que puser no seu trabalho será certamente recompensada com a subida aos lugares superiores da cadeia hierárquica. A chegada ao topo é o culminar do trabalho que foi feito ao longo dos anos. Mas só as melhores podem aspirar a lá chegar.
Actualmente temos mulheres a exercer cargos importantes em várias partes do mundo. Eis uma pequena amostra:
Hillary Clinton: Secretária de Estado americana
Christina Kirchner: Presidente da Argentina
Michelle Bachelet: Presidente do Chile
Gloria Arroyo: Presidente das Filipinas
Pratibha Patil: Presidente da Índia ( a maior democracia do mundo)
Angela Merkel: Chanceler da Alemanha
Tzipi Livni: Ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel ( e possível futura Primeira-Ministra)
Yulia Tymoshenko: Primeira-Ministra da Ucrânia
Estas são apenas algumas mulheres que hoje, e fruto do seu trabalho, fazem a diferença nos seus respectivos países.
Todas chegaram ao topo. Atingiram o ponto máximo. Mas só as melhores conseguirão deixar registo da sua passagem pelo cargo. Só as melhores poderão ser recordadas no futuro por tudo aquilo que fizeram e pela coragem demonstrada. As outras serão apenas lembradas como apenas mais uma a passar pelo poder sem deixar rasto.
Recordo-me de nomes como Golda Meir, ex-Primeira-Ministra de Israel, Indira Gandhi, ex-Primeira-Ministra da Índia e principalmente Margaret Thatcher, ex-Primeira-Ministra da Grã-Bretanha, como exemplos de mulheres com uma capacidade política extraordinária e que souberam conjugá-la com uma personalidade fortíssima, uma inabalável convicção nos seus ideais e ideias, uma capacidade de liderança fora do vulgar (principalmente Thatcher) , uma firmeza e ainda uma convicção inabalável nas decisões a serem tomadas.
Todas estas mulheres são o exemplo máximo de líderes que souberam colocar um cunho pessoal nas suas políticas e que por isso marcaram uma era e são constantemente citadas como exemplos em quem as mulheres que aspiram a algo mais do que a lida da casa se podem espelhar.
A capacidade de nunca contentar-se com o que foi alcançado e de sempre pensar que as coisas podiam ter corrido melhor não é um erro. É sim uma qualidade daquelas que realmente sabem que podem fazer mais e melhor. E é isso que se espera que as mulheres ambiciosas hoje façam: que nunca contentem-se com o que foi feito hoje, porque o que será feito amanhã é muito mais importante.