27
Mai 09
publicado por André Pereira, às 17:50link do post | comentar

Parece que finalmente Dias Loureiro vai abandonar o Conselho de Estado. Todos sabemos que já o devia ter feito. Mas vale mais tarde do que nunca.

Deixou, no entanto, a ideia de estar colado ao lugar. O chamado Dias "lapa" Loureiro.


21
Mai 09
publicado por Leonel Gomes, às 17:13link do post | comentar | ver comentários (1)

O número de desempregados em Portugal aumentou 27%, face ao mesmo período do ano passado. Os números falam por si.

Já as soluções para reverter esta situação catastrófica escasseiam.

 


19
Mai 09
publicado por André Pereira, às 21:57link do post | comentar

Não há sítio onde vá que não oiça: " a culpa é do governo", " a culpa é de x", "a culpa é de y". Qual a razão pela qual nunca ninguém assume as suas responsabilidades? Sabe tão bem culpar os outros, é mais fácil, não dá trabalho.

 

Isto passa-se em todos os sectores da sociedade portuguesa: na política, nas empresas, no dia-a-dia, em tudo. A oposição só sabe dizer mal do governo, não consegue apresentar uma medida. No trabalho ninguém quer perder privilégios, mesmo que seja para evitar despedimentos de colegas ou para contratar trabalhadores. Em Portugal mete-se  a cabeça na areia. Não se olha para os problemas, não se discutem as alternativas. A minha geração quer continuar neste marasmo? Vão cruzar os braços? Vão viver para sempre em casa dos pais? Vão querer ser a geração 500 euros?

Ninguém parece querer mudar o estado a que isto chegou.  Eu não me vou acomodar, não quero viver à sombra do estado,  não quero ser mais um.

Faltam reformas, falta sentido de responsabilidade, falta ética, falta tudo e mais alguma coisa. É fácil apontar defeitos a tudo. Difícil é fazer alguma coisa.

Sabem, meus caros, o problema de Portugal é só um: COMODISMO. O resto vem por acréscimo.

 


publicado por André Pereira, às 16:24link do post | comentar

Parece que alguns professores para além de adorarem manifestações, também não se esquivam a dar lições de sexo a alunos do 7º ano. Pena que não sejam com os modos adequados, nem com o melhor tom. Neste caso, talvez não seja má ideia fazer-se uma manifestação. Contra os maus professores.


18
Mai 09
publicado por Simão Martins, às 20:56link do post | comentar

Paulo Rangel até andava a escrever por linhas mais direitas. Com a proposta Vasco da Gama mostrou que sabe idealizar políticas e espero que esta se concretize. No que toca a preservativos, a coisa já é mais complicada.

 

Rangel diz que neste momento não é uma questão positiva, esta da distribuição de preservativos nas escolas. Isto explica-se em poucas palavras: vê-se que o líder parlamentar do PSD e candidato às eleições europeias nunca apanhou uma doença sexualmente transmissível (que o preservativo impediria); não tem noção das idades a que hoje em dia se inicia a vida sexual; nunca engravidou uma namorada durante a adolescência e casos desses conheço muitos - demasiados até.

 

Como não podemos dizer a miúdos de quinze anos que não podem ter relações sexuais, devemos antes ajudá-los a fazê-lo da forma mais segura. E é bem mais fácil distribuí-los que obrigá-los a irem comprá-los à farmácia.  


16
Mai 09
publicado por Alexandre Veloso, às 19:02link do post | comentar

 

 Após um mês de eleições, a maior democracia do mundo finalmente conhece os resultados das eleições legislativas.

 

 O Partido do Congresso vai voltar a formar Governo. A Aliança Unida Progressista (UPA), encabeçada pelo Congresso consegue 252 dos 543 lugares do Parlamento. Este é o melhor resultado do partido, de tendência centro-esquerda e laica, desde 1991. Mesmo tendo ficado a apenas 20 lugares de atingir uma maioria absoluta, o Congresso é o partido que está em melhor posição para formar Governo, porque não está tão dependente de pequenas aliaças com partidos menores. Mas é bom lembrar que uma maioria ainda é possível, mesmo com o Congresso com uma larga vantagem em número de deputados em relação à oposição. As contrapartidas locais/regionais ou uma mala cheia de rupias podem ser suficientes para convencer os pequenos partidos a se unirem à UPA e assim formarem um governo de maioria.

 

 Os grandes derrotados desta eleição são os fundamentalistas hindus, representados pelo maior partido da Oposição, o BJP ( Barathya Janata Party), que não conseguem mais do que 162 lugares no Parlamento. O fracasso da Aliança Nacional Democrática (NDA), coligação do BJP com os pequenos partidos, pode assim colocar um ponto final na carreira de L.K.Advani, o idoso líder dos derrotados.

 

 Também a esquerda foi quase completamente apagada do mapa político indiano, porque a Terceira Frente, coligação dos partidos regionais e de esquerda, e liderada pela rainha dos "dalits" (os intocáveis, que na Índia são conhecidos como os sem casta) Mayawati Kumari, conseguiu apenas 60 lugares no Parlamento.

 

 Numa sociedade como a indiana um regresso do fundamentalismo hindu ao poder poderia ser extremamente perigoso, porque estes defendem uma Índia hinduísta, excluindo assim todas as outras comunidades que habitam o país, dos muçulmanos aos sikhs. E a Índia sabe melhor que muitos países o que a fúria de um determinado grupo nacionalista fanático é capaz de fazer.

 

 Basta lembrar que Indira Gandhi e o filho, Rajiv Gandhi, foram assassinados, por grupos reaccionários. Indira, em 1984, por dois dos seus guarda-costas sikhs, que vingaram-se dela pelo "atentado" do governo ao Templo de Ouro(lugar sagrado para os sikhs), na fracassada operação Blue Star, que visava acabar com a ocupação indevida do templo pelos fundamentalistas. Já Rajiv foi vítima de um atentado bombista, em 1991 durante a campanha das legislativas, onde este tentava regressar ao poder, por parte de um grupo ligado aos Tigres de Tamil, grupo revolucionário do Sri Lanka, que recusava-se a aceitar o facto de Rajiv ter cortado o apoio da Índia aos rebeldes tamil.

 

 Por isso, a manutenção do Congresso no poder foi fundamental para a Índia. O partido sempre defendeu que a Índia deve ter lugar para todas as religiões. Este sempre foi o pensamento de Indira, de Rajiv e também é o da actual Presidente do partido, Sonia Gandhi, viúva de Rajiv, e do Primeiro-Ministro Manmohan Singh. A abertura do partido pode ser observada pelo simples facto de ser presidido por uma italiana de nascimento, e por ter nomeado para PM, após a recusa de Sonia, um sikh.

 

 Do Punjab a Uttar Pradesh, de Tamil Nadu a Karnataka, de Maharashtra ao Rajastão, de Bombaim a Bengala e de Guzarate a Nova Deli os indianos bem podem estar agradecidos por o Congresso manter-se no poder.

 

 

 


15
Mai 09
publicado por André Pereira, às 17:43link do post | comentar

Manuel Alegre não vai integrar as listas de deputados do PS, mas mantém-se no partido. Já se sabia. Alegre não ia cometer o erro de abandonar o partido. 2011 falou mais alto.


14
Mai 09
publicado por André Pereira, às 13:13link do post | comentar

Os recentes acontecimentos no bairro da Bela Vista vêm confirmar o que já se sabia: o falhanço das políticas de integração e acompanhamento social. Vivem em bairros de lata? Pobrezinhos, vamos enfiá-los em prédios e tudo fica resolvido. Não fica.

É preciso abrirem-se os olhos, cair na realidade e ver que assim não vamos a lado nenhum. Mais do que ideologias, são precisas as medidas certas. Casas novas não resolvem nada. Vejamos o seguinte exemplo: um toxicodependente não abandona as drogas apenas por ser levado para uma nova casa, longe de todos os seus amigos. Precisa de acompanhamento e tratamento.

 

Ora, é isso mesmo que é preciso nos bairros: acompanhamento, policiamento de proximidade, associações que ocupem os tempos livres dos jovens. Os bairros são reflexo do que se passa no país. Com uma pequena diferença: aquelas pessoas não têm nada a perder. Estão perdidas hà muito.

 


12
Mai 09
publicado por André Pereira, às 20:19link do post | comentar


publicado por André Pereira, às 13:38link do post | comentar

A 1ª página do i de hoje é algo que faz falta a Portugal: debate de ideias. A carta que Eduardo Catroga escreveu ao governo a propor medidas é uma lufada de ar fresco, neste país cinzento e deprimido. Em tempos difíceis, nada melhor que discutir ideias e reformas para o país. Só por esta 1ª página o aparecimento do i já valeu a pena.

É bom que todos saibam cumprir o seu papel. Governo, Oposição, elites e sociedade. Porque todos têm uma palavra a dizer.


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