Aquilo que toda a gente devia querer. A verdade, mais pura e mais seca à face da terra. Mas talvez o "custe o que custar" de Ricardo Costa no Expresso desta semana não seja o melhor. Basta dizer que o Sol mais as suas capas mirabolantes têm feito um trabalho no mínimo duvidoso. O que quero dizer com duvidoso é o facto de um furo jornalístico servir de pretexto, hoje em dia, para quase tudo. Conseguiram o tio do primeiro-ministro, desejoso de se fazer ouvir e ler um pouco por toda a parte, independentemente do que tivesse para dizer.
Mas quero a verdade na mesma. E para isso não preciso dum jornalismo raivoso e a babar-se constantemente quando cheira um naco de informação que pode queimar em qualquer altura qualquer interveniente no caso. Do jornalismo preciso é do tempero, um tratamento que nestes casos se pretende mais seco e insonso para esclarecer da forma mais exacta todo o processo, o papel de todos os envolvidos. Seja de José Sócrates, seja do tio, da prima ou da avó.
E quero ver gente a cair, quero ver a justiça a mexer-se, quero que por uma vez - será que é desta? - os ladrões e charlatães não continuem em banho-maria por esse país fora.