A distribuição dos computadores Magalhães aos pequenos estudantes cabo-verdianos causou-me espanto!
Como é possível estar-se a distribuir computadores que estão recheados de erros de português! E Sócrates pareceu muito contente a distribuir os computadores. Mas uma palavra sobre os erros que o computador tem é que não se lhe ouviu. Quando é para elogiar as potencialidades que o computador tem, Sócrates enche o peito e até arma-se em feirante para promover " a sua fruta", mas quando é para justificar o porquê de tantos erros de português, a resposta é o silêncio.
Na edição deste mês da revista "LER", António Barreto afirma que "o Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal". Tenho que dar-lhe razão. Em primeiro porque afasta as crianças da verdadeira cultura, que é a que se apreende nos livros, e em segundo porque sequer ensina-lhes um português correcto. O Governo devia era gastar mais dinheiro a promover a leitura do que a promover computadores, porque quer se queira quer não, está-se a dar um incentivo às crianças para que fiquem, desde cedo, viciadas nos pequenos joguinhos que o computador oferece.
A actual situação do país não é de admirar: não foi Sócrates que disse que os seus colaboradores só usavam o Magalhães. Pois.... é claro que nunca observam quais são os reais problemas do país, já que nunca conseguiram observar os erros que o computador traz, e que nunca agem da maneira mais correcta perante algumas situações, porque estão demasiado ocupados a jogar os educativos "joguinhos" do Magalhães.
Imagino o que Fernão de Magalhães pensaria se soubesse que o seu nome é usado num computador que literalmente "assassina" a língua portuguesa. Deve estar a remexer-se no seu túmulo!